Santa Catarina sempre teve iniciativas pioneiras, porém a mais marcante aconteceu na virada das décadas de 1980 para 1990. Nessa época o hospital tinha duas facetas, que foram sua grande inovação: uma era a ideia de oferecer serviço de qualidade, e outra era continuar dando assistência para a população em geral, em que o paciente pudesse continuar a se cuidar depois de sair do hospital. E foi o que aconteceu, o Instituto São José abriu a possibilidade de oferecer tratamento complementar gratuito, sendo que a equipe era bancada pela Instituição (não pelo governo), que era basicamente formada por psiquiatra, a enfermeira Isa, assistente social e psicólogas.

Luiz Henrique Wizniewsky

psiquiatra

O Instituto são José é de intensa importância para a cidade de são José e para o estado de Santa Catarina, pelo seu interesse pela psiquiatria e por estar se modernizando cada vez mais, aprimorando suas técnicas de tratamento, respeito e compreensão pelos problemas da doença mental. Sempre procurando estar à frente, com profissionais cada vez mais treinados e especializados em todas as áreas da psiquiatria. O Instituto São José é importante para mim, primordialmente, pois trabalho com esse grupo há cerca de 40 anos, acompanhando as mudanças físicas e técnicas do hospital, sempre feitas com a finalidade de oferecer mais conforto e melhorias para seus pacientes, além de possibilidades para seus técnicos, visando sempre o paciente e seus familiares. É a unidade psiquiátrica particular mais antiga do estado, onde o grupo de técnicos se moderniza constantemente.

Maria Helena Brunetti

psiquiatra

Esta instituição é referência no tratamento dos transtornos mentais em nosso estado, prestando atendimento de qualidade aos pacientes e suas famílias. A Associação Catarinense de Psiquiatria – ACP e o Instituto têm quase a mesma idade. A história do Instituto São José tem estado entrelaçada à da ACP desde o seu início, com psiquiatras do seu corpo clínico em muitos momentos fazendo parte da diretoria da Associação que representa os psiquiatras do nosso estado. Para nós, psiquiatras, é importante saber que podemos contar com atendimento de qualidade para nossos pacientes que necessitam de hospitalização.

Lilian Schwanz Lucas

presidente da Associação Catarinense de Psiquiatria

Trabalhar e conviver com a equipe do ISJ foi e é uma experiência bastante importante para mim, pois desenvolvemos um trabalho gratificante e de grandes amizades, o que me trouxe muita satisfação profissional e pessoal.

Gosto muito deste trabalho e o faço por amor, pela união com a equipe, assim como pelo conhecimento científico. É salutar lembrar que o hospital foi uma entidade fundamental no atendimento à sociedade, pois praticamente subsidiava a psiquiatria no Estado, quando a maioria de seus pacientes vinha do sistema público de saúde, e que contribuiu muito para a população.

Carlos Alberto d’Ávila

médico clínico no Instituto São José

Confiança no médico significa confiança na instituição e para que exista essa relação de credibilidade entre médico, paciente e instituto, eu considero como requisitos fundamentais o conhecimento técnico e científico, o compromisso com a ética e o trabalho organizado com múltiplos profissionais, de forma interdisciplinar marcam na vida aqueles pacientes que conseguem superar suas dificuldades e continuam vinculados comigo e com a instituição. Aprendo muito com eles e a importância do Instituto são José consiste no fato de ser referência na assistência de saúde mental, e na busca por aprimorar seu trabalho e integrar profissionais de diversas áreas. Este é o seu grande diferencial.

Alexei Magier Kachava

psiquiatra e diretor clínico do Instituto São José

Quando comecei oficialmente na Unidade de dependência química, em 2013, o primeiro paciente de caso difícil que acompanhei, retornou tantas vezes que acabamos criando um vínculo de amizade. Ele permaneceu internado 30 dias e depois retornou às suas atividades normais, profissionais, reatou o casamento e se reaproximou dos filhos. Hoje, este paciente volta aqui a cada dois meses. Está tão bem, tão focado, que inclusive ajuda a instituição como depoente, relatando sua história e sua experiência de tratamento para os pacientes internados. Infelizmente não é a maioria dos casos, mas mostra que a recuperação é possível e se torna uma referência de sucesso. Ele está prestes a se aposentar e tem projetos de voluntariado. Inspirado na psicóloga da equipe, ele planeja fazer todo o caminho de Compostela. É realmente motivador.

João Felipe Wanrowsky Fissmer

psiquiatra

Cheguei como paciente, no dia 3 de setembro de 1992, aos 29 anos. Fiquei um mês internado. Depois, cinco anos como voluntário, vindo aqui todas as quartas. No dia 1º de setembro de 1997, eu comecei a trabalhar aqui, em substituição a um funcionário e fui efetivado. Iniciei ali minha trajetória que me levou a ser coordenador de grupos, função conhecida como conselheiro. Tenho dependência química, há 25 anos em recuperação. Tive a vivência do tratamento, e de seguir à risca todo o modelo que me foi proposto. Estou limpo há 26 anos. São poucos os casos como o meu. Segui o que me foi sugerido, o que incluiu mudança total de hábitos, de lugares, de amizades. Eu me vi resgatando coisas que haviam sido negligenciadas pela dependência química. Sigo muito os 12 passos do AA. Tenho a grande responsabilidade de saber que as pessoas se espelham em mim. Convivo mais com a instituição do que com boa parte dos meus próprios familiares. Sinto uma grande gratidão pelo Instituto. Eu me sentia grande quando usava droga. Andava na adolescência com uma turma dois, três anos mais velha. Queria experimentar. Usava o que aparecia. Álcool, maconha, cocaína. Aos 13, 14 anos, tomava cachaça. Eu já estava casado, tinha uma filha de cinco anos, a dependência se intensificava. O que me levou ao tratamento foi um dia específico, em que saí com a missão de buscar minha filha no colégio e simplesmente me perdi pelo caminho. Parei para beber, virei a noite. Não conseguia mais trabalhar. Minha família me deu apoio. Hoje minha rotina aqui é trabalhar de segunda a sexta, seis horas por dia, em atividades com os pacientes de dependência química, acompanhando e trocando experiências. O Instituto São José me colocou em pé novamente, graças a ele estou limpo há 26 anos. É minha família, afinal, tenho passado mais tempo aqui do que em casa. Eu não teria sobrevivido sem o ISJ. Cheguei magro e debilitado, sem me importar com a vida e foi onde aprendi a me ver novamente. Gosto de dizer que ser dependente químico não é feio, o feio é não se tratar.

Roney Auler

conselheiro da Unidade de Dependência Química

Iniciei no Instituto São José quando ainda era aluno do curso de medicina da UFSC, onde tive como professores os médicos João Harold Bertelli, Júlio César Gonçalves, Antônio Santaella e Abelardo Vianna Filho. Desde então passei a acompanhar os pacientes da cadeira de psiquiatria no Instituto São José. E quando Aristeu Stadler criou o Serviço de Dependência Química, na Unidade de Capoeiras da Instituição, iniciei o meu estágio com mais oito acadêmicos de medicina. Depois eu fiz o primeiro plantão quando este serviço mudou para as instalações do ISJ. De lá para cá os doutores Abelardo e Júlio ‘não me deram alta’ (risos) então trabalhei como médico plantonista e atualmente atuo na assistência psiquiátrica em internação também em consultório. Pessoalmente tenho imensa satisfação de trabalhar no Instituto. Apesar de ser uma área muito delicada e muito sofrida, na maioria das vezes esse sentimento é superado pela alegria de ver a recuperação do paciente. É um orgulho para São José e para Santa Catarina terem um serviço desse porte, com a dedicação e capacidade dos profissionais das diferentes áreas, que realizam um serviço de referência para Santa Catarina e também para a região Sul e outras do país. Não tenho dúvidas de que as maiores riquezas do Instituto estão em seu corpo profissional e nas pessoas que o procuram para buscar ajuda e se tratar conosco. Esse mecanismo simbiótico é muito rico, possibilita continuarmos aprendendo enquanto buscamos o melhor tratamento para cada indivíduo que aqui chega. Como na canção do Geraldo Vandré, seguimos ‘aprendendo e ensinando uma nova lição’.

Geraldo Swiech

psiquiatra

É muito comum ouvir uma frase dos familiares, ou mesmo dos pacientes, quando indico a internação, por ser algo novo para a família, por ter um estigma muito grande, a pergunta que ouvimos com frequência é: precisa mesmo? É seguro? Meu familiar vai ser bem tratado aqui? Enfim, uma série de dúvidas que considero naturais. E eu sempre respondia: sim, é seguro, confie na gente, deixe-nos fazer o nosso melhor e resumia dizendo que se fosse um familiar meu, eu o internaria aqui. Pois bem, chegou a vez de um familiar muito próximo precisar de internação, foi no início de 2017. Ele não mora aqui em Santa Catarina e, naturalmente, a família me procurou para saber o que faria e eu não tive dúvida de bancar o que durante anos repetia para as famílias: respondi para trazer o familiar para cá, porque eu conheço a casa, sei a qualidade do trabalho, o quanto podemos ajudar e a internação foi de excelente sucesso, mudou a vida da pessoa significativamente, que de um ano para cá se recuperou e voltou a atingir o nível de funcionamento que tinha antes de adoecer. Pude vivenciar o que eu dizia para as famílias dos meus pacientes. Isso foi muito marcante para mim, ter o hospital como um aliado, não apenas o hospital onde trabalho. Naturalmente não me envolvi como profissional naquela internação, mas como familiar. Foi muito tranquilo. Poder viver o Instituto como familiar deixou ainda mais claro para mim o quanto essa casa é organizada! Foi muito engrandecedor participar daquela jornada e viver um papel que até então era apenas teórico para mim.

Henrique Fogaça

psiquiatra

A psiquiatria no Brasil vem melhorando e mudando sistematicamente, e o Instituto São José não fica atrás. Há não muito tempo o hospital psiquiátrico era rotulado como “hospital para loucos” e hoje se sabe que esse estigma mudou, porém ainda continua presente em alguns estados. Mas com o trabalho humanizado realizado pelo ISJ junto aos pacientes e familiares, pautado em alguns programas internos, esse estigma já mudou bastante. Portanto, posso afirmar com muita segurança que o ISJ oferece um atendimento de excelência em qualidade ao portador de distúrbio psiquiátrico. E quando falo em qualidade, me refiro ao comprometimento de toda a equipe interdisciplinar. Já conheci várias outras instituições psiquiátricas em nosso país e nessas visitas uma coisa que sempre me chamou a atenção, que foi a forma de atendimento. Aqui no Instituto São José o paciente é visto e tratado num todo; preocupamo-nos sempre com o biopsicossocial, não fragmentamos o atendimento, esse é um aspecto que existe em poucas instituições por mim visitadas e é o grande diferencial do ISJ.

Mário Cezar Silveira

enfermeiro

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